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sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Tá muito mais estranho, mas ainda tô conseguindo ficar de pé

XIII - Capítulo Décimo Terceiro - Looping

*Silêncio* cricri...cricri...cricri...
[COMO GANHAR DINHEIRO DORMINDO - pesquisar]


Desde janeiro contam-se 7 meses...

Eticamente, moralmente, filosoficamente, eis que vos digo ~ nem tão educadamente: - Tá foda!

Me dei o direito de calar. Talvez de calar as palavras que saem de mim, mas isso não é assim tão fácil. Acho que o tempo terrestre não seja capaz de desatar o nó da alma.

Ou esteja eu somente exausta.
Sei que tudo que passamos ou não é por nosso merecimento. Estou pronta pra passar qualquer que seja a situação ou circunstância que a vida venha me impor.
Só não acho que eu seja obrigada a aceitar isso de cabeça baixa, eu vou vencer de cabeça erguida, vou procurar a forma mais sábia que minha evolução permitir.

E se tem uma coisa que eu me arrependo é de ter crescido.
Na verdade se tem uma coisa que eu me arrependo na vida nem foi o que já escrevi nesse muro das lamentações até agora, foi é ter saído da 8ª série.

As cicatrizes que ficaram em mim ao longo dos anos me transformaram em uma pessoa que eu não queria ser.
Eu não sonhei com isso. Eu não queria nada disso.
E sabe amiguinho, qual foi meu problema? Amar demais.
Esperar demais.
Dedicar demais.
Imaginar demais.
Fui carente demais.
Meu erro foi querer um amor rosa-antigo.

E agora me tornei uma adulta de 25 anos, que aos 15 com certeza eu abominaria.
Eu não sei quem eu sou!

Até hoje não sei porquê cursei Jornalismo!
Por gostar de escrever? Isso já nasceu comigo! Deve ser de outras vidas, sai de dentro de mim como algo automático... eu nem sei se escrevo assim tão bem, só sei que gosto e consigo. Mas não sei se seria algo que queria fazer pra ganhar a vida.
A ideia de trabalhar numa TV me assusta. Eu não gosto de holofotes, me dá calafrios só de pensar em gravar uma matéria! Deusulivre!!!
A fotografia é uma paixão. Eu poderia sair por aí fotografando e escrevendo por uma vida toda, quando me desse na telha... talvez dessem até livros!

O rádio foi algo que aconteceu no meio de todo esse caminho. Bem dizer que, meio que "caiu no meu colo". Foi um período de grande aprendizado, até muito necessário para meu desenvolvimento como ser humano. Acho que não pretendo repetir a dose, entretanto não posso dizer "desta água não beberei", pois seria muita pretensão da minha parte.

Fiz os 7 semestres da faculdade pensando: "não vou mais". (hahaha) Verdade! (infelizmente)
Por tanto apoio que tive da minha mãe que foi a única pessoa até hoje que sempre acreditou em mim e sempre me incentivou, até quando eu mesma achava que não teria mais solução...
Ela me fazia lembrar de quando eu era criança e morávamos em São Paulo... quando passávamos pela marginal Tietê e eu avistava o suntuoso prédio da editora Abril e falava com a maior euforia:
"-Mamãe, quando eu crescer quero trabalhar aqui!!!"
Lembro que eu amava ver aquele prédio. Aliás eu amava prédios (amo até hoje! sou fascinada!), mas aquele tinha algo especial que sempre mexia comigo...
Pensava que eu poderia estar cursando o tal falado Jornalismo para trabalhar numa revista. Foi isso que me fez persistir e concluir a graduação.

Por que eu tô contando tudo isso?
Nem eu sei. Deu vontade... sei lá. Preciso falar com alguém e vim aqui falar com você.

Até dezembro de 2008 eu queria fazer Veterinária. Já que o sonho da Medicina era só sonho bem fantasioso mesmo. Meu pai fez questão de me dar um refresco de memória e frisar bem que não sou filha de magnata. e não sou mesmo. Se tem uma coisa que eu não tenho nessa vida é dinheiros, gente!

Eu sempre fui uma criança estudiosa, uma leitora assídua. Lia mais de 200 livros por ano, muuuuito mais! Ganhava medalhas de honra ao mérito na escola até a matemática arruinar a minha vida. Mesmo com as exatas eu continuava sendo uma boa aluna, sempre fui dedicada.
Talvez eu não tenha dado "sorte".

Além dos livros que me faziam companhia, porque eu era de pouquíssimos amigos, os lápis de cor também me alegravam muito. Eu desenhava muito bem. Bom... acho que ainda desenho... Faz tanto tempo, mas acho que essas coisas são que nem andar de bicicleta, a gente não esquece.
Sei que tenho um diploma na mão. Um diploma que nem é preciso ter para exercer a profissão.
Mas qualé? Eu sou jornalista!

Eu tive que passar por tantas para descobrir o óbvio. Cara! Eu gosto é de cozinhar!
Eu me meto na cozinha se bem me lembro desde os 7 anos, se bobear até menos que isso! Com essa idade eu já fazia arroz maravilhosamente bem!

A verdade é que a realidade da gente é muito dura de ser encarada. Deve ser por isso que sempre me deixei envolver por literatura, ou por pessoas que dissessem palavras bonitinhas. A gente tem mania de sonhar com o quê só existe nas poesias...
Talvez o amor seja só mais uma figura de linguagem, uma metáfora!

Olho para os lados e fico pensando: Será que só eu não estou me sentindo estupidamente feliz?
E, paradoxalmente me sinto muito mal com o que vejo X sinto.
Vem aquela sensação de inadequação. (Será que pertenço a esse mundo?)
Se avisto alguém no supermercado, algum velho colega de classe ou antigo professor, evito ao máximo o possível encontro. Porque serei afogada em uma enxurrada de perguntas que não tô nem um pouco afim de responder. Vai uma listinha de 10 (porque toda lista que se preze se constitui de 10 itens) perguntas triviais:

1- Você tá perdida por aqui... ainda morando em Urânia? ( Hey! Minha casa está em Urânia, eu vivi por 16 anos em Urânia, por qual razão, motivo ou circunstância eu não posso morar em Urânia?)
2- Já se formou? (cara de indignação por ser Jornalismo numa faculdade particular da região)
3- Onde tá trabalhando? (cara de indignação + decepção por estar desempregada)
4- E aí, casou né? ( O que seria meio óbvio um sim, já que aos 17 anos eu já era noiva no tempo de escola, aí vem um NÃOZÃO bem GRANDÃO, acrescenta a cara de espanto)
Aí minha mãe que geralmente tá comigo, nessa altura do campeonato já notou meu nervosismo, remenda com um assunto aleatório: "Eu já tenho um netinho" - A pessoa pensa ~coitada é mãe solteira... tsc tsc
5- Ah então já teve um filho? Que idade tem? ( Ah FULANO, é do meu irmão - delongas explicando o sucesso do irmão e o meu fracasso, dando ênfase ao primeiro - é meu sobrinho..........)
6- Mas tá namorando?! ( PUTZGRILAVÉIO!!!)
7- Ainda estão com o posto? (¬¬)
8- Ah, no Mato Grosso não deu certo? (Deu certo sim, por 14 meses!!!)
9- Você engordou né? (Tão clássica que é quase um clichê)
10- O que é essa tatuagem aí no seu braço? ( Se eu não tiver essa pergunta, a conversa nem valeu a pena! Acho que vou mandar escrever algo como SUSHI ou JAPANESE FOOD como legenda da tattoo)

Como se não bastasse, depois de um agradável diálogo como esse, com certeza muito edificante (~dose de ironia), abro minhas redes sociais e me deparo com serumaninhos lindos, sorridentes, realizados amorosamente e profissionalmente, conhecedores do mundo, religiosas de fé inabalável, ativistas em causas humanitárias, têm a vida baseada nos ensinamentos de Buda (Namastê!"), vasto conhecimento literário, opiniões políticas formadas... 
Créditos: Armando - @exhumanos


É, parece que o mundo se tornou um lugar melhor e eu não percebi?
Acontece que tem muita coisa por aí que não tá sendo mostrada, ou está sendo mascarada, ou pior ainda, inventada!
Tudo bem não estar tudo bem. Não precisa ficar postando suas bads, seus problemas, suas deprês...Como dizem por aí...rede social não é psicólogo! Mas não devemos viver uma vida que não é a nossa!
Ninguém vive num filme, ou num clipe musical perfeito! Somos seres humanos errantes num mundo de provas e expiações. Não tem como haver perfeição num mundo de imperfeitos!

Aprendi com um sábio ensinamento de minha cunhada, " Não força a barra".
SIM!!! Mal sabe ela o quanto isso mudou minha vida.

Meu professor de matemática sr. Wilson da 7°série tinha razão... toda razão... E com certeza eu o odiava por saber q ele tinha razão...Ele dizia que meu irmão teria um futuro brilhante e eu não!

Como vou conseguir a ascensão que todos estão esperando de camarote que eu atinja?As línguas afiadas já estão prontinhas para propagar o quão grande foi o meu "fracasso".
A oportunidade vai brotar aqui no quintal de casa? Alguém vai me ligar me dizendo que tem uma vaga de emprego? O amor da minha vida vai bater na porta da minha casa numa segunda-feira ao meio-dia no sol quente? Meu filho vai nascer antes que eu faça 30 anos? Será que um dia eu vou ter uma casa própria?

Perguntas difíceis que não sei responder.

Eu não quero tomar anticoncepcional.
Tenho miopia de 4,5 graus.
Porque eu queria poder atravessar a rua e ver o rio.
Parar a moto para assistir ao pôr do sol, que belo!
Deixar o liso virar cacheado, o vermelho desbotar. Adiante, o preto ficar branco. (Tomara que demore!)
E como um bom serumaninho de humanas não sei escrever pouco e decerto terei de viver da minha arte!
Esperar por tantos 15! 15 anos, 15 de novembro...setembro de 2015 ou 15 de fevereiro...
Porque ainda lembro do abraço que nunca mais recebi.
Preciso de uma conversa boa, de conversar com outras pessoas. ( Mas eu tô com uma doença, altamente contagiosa, a pobreza - é meu amigo, pobreza pega.)
Sim, percebi que estamos doentes. Porque todo mundo que "quebra, fali, vai à zero, fica pobre -mais pobre-) é portador de um vírus ultra contagioso, que nem álcool 70% dá jeito. Ninguém se aproxima.
E eu ainda tenho aquele AllStar preto desde os meus 14 anos...
A minha conta bancária está negativada.
Visto uma camiseta preta já desbotada.
Por vezes me pego cantando as sofrências músicas de Pablo. Sonhei esses dias que namorava Wesley Safadão (? INTERROGAÇÃO)
E faz os 7 que eu não consigo dormir direito...
E quandé que eu vou conseguir um emprego?
Eu vendo bolinho na feira SIM. E se botar reparo vendo um pra você também, porque o bolo é bão e você vai gostar!

Eu sempre fui chorona. Todos mandavam não ser. Hoje parece que não tão mais, mas quero voltar a ser.
Chorar não é fraqueza. É sinônimo de delicadeza. Machuca, mas alivia.
E assim, as brisas do Correntes já não me refrescam mais.
Em 14 meses de Mato Grosso, mais esses quase 7 de regresso, resumo minha vida desde 2012. INCONSTANTE. E agora mais do que nunca. Não sei o que devo esperar do amanhã?
E quem é que sabe?

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

DESAFIO PESSOAL - 2016

Ano Novo, gás novo, energias novas! Resolvi aproveitar essa vibe e listar na mente e também no "papel" algumas coisas que quero conquistar nesse 2016. Nos últimos meses foram muitas revoltas e voltas em minha vida, que esse novo ano seja promissor! São muitas mudanças, reforma íntima de novos hábitos que pretendo  realizar, nos mais variados âmbitos da minha vida, e no final do ano tirar a prova real dessa "evolução".

1. Não me estressar, contar até 10. Usar o ensinamento da "Água da Paz", do Chico Xavier.

2. Cuidar mais de mim mesma, corpo e cabelos.

3. Fazer atividades físicas pelo menos 3 vezes na semana. (Se as possibilidades financeiras permitirem voltar pra academia). - Consequentemente, emagrecer.

4. Ler pelo menos 1 livro por mês.

5. Consulta com o oftalmologista!!! Há mais de 1 ano sem medir o grau da miopia!

6. Dar muuuuuuito amor, carinho e mimos para meu sobrinho Lorenzo, que é um dos amores da minha vida.

7. Beber chás variados, 1L por dia.

8. Retocar minhas tattoos e quem sabe lançar uma nova.

9.  Escrever, pôr pra fora tudo que fica encalacrado, pelo menos 1 vez na semana, e fazer disso um hábito.

10.  Dar muito amor para a Pim, e fazer sua "terceira idade canina" ser a melhor possível.

11. Não consumir bebidas alcoólicas mais de 3x por mês.

12.  Levar minha mãe para conhecer lugares bonitos, coisas novas e proporcionar tudo o que ela precisar.

13. Achar um corte legal pro meu cabelo e também um profissional que o faça!

14. Agradecer a Deus por tudo, todos os dias e fazer o Evangelho no Lar.

15. Ter mais paciência com as pessoas, principalmente com meus pais. Não me irritar facilmente com coisas bobas.

16. Cozinhar pelo menos 5x na semana, que é uma coisa que me acalma muito.

17. Organizar os álbuns de fotos de família.

18. Consumir frutas todos os dias da semana.

19. Estudar semanalmente a doutrina Espírita.

20. Manter contato com os velhos amigos e conquistar novos.

21. Passar menos tempo no celular/computador.

22. Organizar as pastas do meu computador e netbook. Manter a organização e tornar um hábito. (kkkk)

23. Começar um curso de pós graduação (voltar a estudar!)

24. Comer doce apenas 1x na semana!

25. Fazer exames (check-up)

26. Manter a alimentação saudável e equilibrada. 

27. Enterrar o passado e os personagens dele.

28. Amar e ser amada.

29. Aprender a fazer comida japonesa.

30. Viajar (não importa pra onde).

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A espera e a esperança de 2016

XII - Capítulo Décimo Segundo: O desejo da paz e até nunca mais.
Das andanças pelos labirintos que foram esses 11 meses.

2015
Me descobri como a melhor mudança


Corri tanto e em diversas direções. Me perdi nem sei onde, por aí...sequer me encontrei. Devo ter ficado presa em fotografias antigas, num sorriso qualquer, braços e abraços tão convincentes que só faltavam com a "verdade".

Eram três malas. Um travesseiro. 24 anos. Há cerca de 800km de "casa" (que casa?)
Naquela rodoviária. Sozinha. Alguns trocados na carteira e 1 garrafa d'água.
Rondonópolis-MT, 4horas da madrugada do dia 11 de janeiro de 2015. E ali, na penumbra, senti meu renascer.

(Me senti refugiada da guerra.
Guerra do ego, do poder.
Eu vivi um engano. Vivi mentiras.
As carcaças caíram, apareceram as máscaras e as verdadeiras faces.
Humilhação, decepção. Abandono.)

Ao carro andar mais centenas de quilômetros, assistia ao amanhecer do Pantanal. O ar puro que deixava entrar pela janela do carro. As plantações de milho e soja, as emas que corriam soltas. O céu e as fazendas-sem-fim. Seria esta minha nova realidade.

(E ali sentia aquela pequenina e fraca luz no fim do túnel.
O desejo do recomeço.
Planos e projetos. Sonhos e devaneios.
Distantes, perdidos, perplexos.
Sozinha. Entre outras solidões. O silêncio. O barulhão íntimo.)

(Caí. Tropecei. Levantei. Fraquejei. Chorei.
Não é preciso apressar o passo. Não há como apressar os dias, adiantar os ponteiros.
A contramão foi o meu destino. Do outro lado do rio.
Refúgio.)

E as coisas deram certo. Outras nem tão certo.
Conquistei meu espaço. Minha 'quase' independência.

Agora sou a senhora das minhas vontades.
Sou também o homem da casa.
Estou aprendendo a me tornar o esteio, o porto-seguro, a esperança.
A felicidade virou um apenas um dever cumprido. Nela, os boletos pagos em cima da mesa. O aluguel deste mês. Uma conta zerada e um prato cheio. Um copo de água fresca que ora desce como espinho.
Rezar e esperar o próximo dia x.
Num só ano, envelheci 10.

Os pés doem. Mas continuo caminhando. - Não posso fraquejar.
As costas doem. Mas ainda tô em pé. - Não posso parar.
A cabeça dói. Faço contas. - E sequer posso errar.
As mãos doem. Mas seguem firmes. - Não devo estremecer.
Os olhos doem. Marejados, míopes e fundos. - Procuram uma saída.
São cicatrizes que nem o tempo será capaz de apagar. - Sequer poder chorar.
Aprendizado que ninguém irá me roubar.

E o salário, que outrora "Não dava nem pra maquiagem". (sic) - É o sustento de minha família.
Aquela que "Só vem trabalhar 10 horas, vagabunda". (sic) - SEMPRE acordou de madrugada.
A menina "Que faz graça com o dinheiro dos outros". (sic) - É a garantia das contas pagas no fim do mês.
A praga lançada, não atinge quem tem fé.
"Vai morar embaixo da ponte, e venha me pedir dinheiro. Eu posso comprar um apartamento". (sic) - Pago mensalmente, com o suor do meu esforço e trabalho para morar numa casa digna.

Palavras à mim lançadas que um dia os autores irão pagá-las. Mas não com dinheiro.

Meu papel higiênico jamais será pago por quem quer que seja.
Minhas tatuagens são problema meu.
Meu corpo, cabelo ou minhas compras no supermercado não são patrimônio público.
Nem mesmo o dinheiro gasto para a minha formação.

O dia que desci nessas terras foi o dia da minha liberdade.
Restaurei a dignidade. Recuperei meu esfarrapado orgulho e o coloquei na cara.
Ninguém neste mundo irá me humilhar.
Ninguém irá controlar meus gastos ou minhas finanças.

Meu legado foi a ansiedade. Minha herança, a gastrite, um refluxo mal curado.
De brinde: O desejo de vencer. De dar os passos largos e compassados. Que na verdade não nos levam ao topo mais rápido. Mas quero, sonho, tento.

Este ano os presentes foram substituídos por contas pagas em dia
Este ano não tem amigos. Os poucos estão cada vez mais distantes (não só fisicamente)
Não tem mesa farta e variada
Não tem árvore de natal, nem luzinhas
Não vai ter roupa nova. Não vai ter branco. Nada está 'combinandinho'.
A champanhe vai ser daquelas sidras ganhadas (e que bom!). Ainda há o que comemorar

Arregacei as mangas, mesmo que ficticiosamente, vesti minha armadura e declarei guerra.
Umas batalhas perdidas, outras ganhas. Um eterno perde x ganha
E assim tenho seguido.

Há um ano atrás: expectativas.
Para o próximo ano: esperanças.
Entre decepção e esperar a melhor ocasião.


A hora certa, o tempo da colheita. Fazer o trem andar.

E agradecer. Também faz parte da oração.
Gratidão por 2015, que mesmo com tantos percalços e mudanças, foi o ano do recomeço.


Esperar sem desesperar. Eis o desafio.
Pela ansiedade. Pela promessa. Pelo nunca mais.




segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Tá estranho, mas tô de pé

XI - Como numa carta de despedida, insiro aqui o meu clichê
Porque era, já não é faz tempo...

Escrevo, porque não sei o que fazer com o que penso. Parecem escritas em braile para quem enxerga.
Eu sinto muito, eu penso demais, eu falo muito. Eu sempre falho. Eu dificilmente me contenho.
Escrever. Apenas escrever. Pois não tem remédio melhor que escrever quando se está transbordando sentimentos.

Ao pestanejar já era setembro. Tão esperado setembro. Outubro, novembro e já se achega dezembro...
Que as lágrimas sequem, porque para sobreviver, mesmo triste, cansada, desiludida, é preciso sorrir. Mesmo que tudo pareça desmoronar.

E logo alguém vai te cutucar, naquela tua ferida quase cicatrizada, sem sutura. Cadê o namorado?
E vou sussurrar: "Estou solteira". E logo haverão segundos constrangedores, seguida de uma cara de: "coitada, essa aí ficou pra titia". Quando eu acho, que, na verdade a pessoa deveria me dar os parabéns. Perceber que não estou com uma doença grave e que este não é meu objetivo primordial da vida. Não sou alguém que precisa de ajuda. Estou solteira por opção, e vou mudar isso quando Eu estiver afim. E olha que posso escrever com conhecimento de causa, já que constam no meu curriculum amoroso as mais diversas situações. E de verdade, eu tô muito bem assim. Até melhor que antes.

A pior solidão é aquela que se sente quando se está com alguém. Não por amor, ou paixão, mas por conveniência...afim de ter apenas uma companhia, para se encaixar na sociedade, para se sentir menos esquisita. Nada como viver sem aquela angústia amarrada na garganta.

E haverá o dia que hei de encontrar alguém que seja maior que tudo isso. Um alguém que será capaz de apagar toda neblina que carrego no olhar. Ou apenas um alguém que consiga me acompanhar. O que espero é bem diferente de tudo que já vivi. Só me fará sentido estar com alguém que me faça mais feliz do que eu já sou. E quando esse alguém chegar será bem especial. E até lá já estarei preparada para recebê-lo.
E se ele não chegar?
Se ele não vier tudo bem também. Não vai ser o primeiro 'bolo' da minha vida, nem o último. E Deus sabe o que faz. Não vou mais me deixar levar por pressão alheia. Só pra namorar pra dizer que namora. Casar pra carregar uma aliança que estampa "sou casada". Pra postar fotos diariamente, com a felicidade estampada e um textão romântico copiado do Google. Não. Não mais. Pra mim não.

Me deixe aqui bem quietinha com a minha vida. Eu não preciso viver essa frustração. Não mesmo. A verdade é que muitas vezes só você mesmo é capaz de preencher o oco que habita-lhe o ser.

O meu tempo é outro.
Tenho tanto com o quê me preocupar, que se o alguém tiver que chegar vai ter que ser no portão de casa ao sol do meio-dia. Agora pra mim é assim. Eu cansei de morrer sozinha.

Eu sou muito mais que uma menininha de vinte e poucos anos. Não sou mais aquela universitária bêbada, como muitos já me rotularam. Não sou mais recém-formada. Não nasci em berço de ouro, nem ao menos filhinha de papai.
Ando lutando muito pelo o que é meu. É o suor do meu rosto que sustenta minha família. É meu esforço. É uma luta diária com a sombra do pânico. É uma batalha íntima do meu ser. Eu não posso titubear. Não tenho esse direito.
E dessa forma vou vencendo diariamente meu pior inimigo, o Medo. Porque o medo, assim como a dor e outras infinidades de sensações, só quer ser sentido.

E o meu sonho é viajar. Sonho de conhecer a Torre Eiffel antes que a maldade humana a faça pó. 
Foi sonhando assim que me tornei uma marmanja tatuada, de 24 anos, com diploma de jornalista,  e acabei aqui: trabalhando em uma rádio. 

Com o tempo você vai percebendo que a maioria das pessoas à volta são como cobras, que te sugam a vitalidade, te injetam o veneno e ainda comem teus sonhos.

É assim que estampo um rosto de sair pra trabalhar. Em minha solidão firmo o passo. E sendo forte me fazendo de forte. Morrendo e nascendo um pouco à cada dia.


Como sempre espero que as últimas moedas e trocados se multipliquem pela carteira inteira. 

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Tempos de des(amor)

X- Capítulo Décimo: Sobre seis meses de carência econômica e amorosa
Das promessas que (não) envolvem o infinito

Pensamentos perdidos que não fazem sentido. Ideias remoendo o ser. Uma pseudo-solidão imposta, talvez, pela sociedade. Ouço, nem tão imaginariamente, megafones: 
“Só é feliz quem tem alguém!!!”
“Seja uma mulher independente!!!”
“Você precisa arrumar um marido antes dos 30!!!”
“Seu sobrinho vai nascer, agora ficou pra titia de vez!!!”
“Você precisa focar na vida profissional, comprar um carro e um apartamento!”
“Precisa de alguém que cuide de você!”

Porra sociedade!!!
Te vomitam frases feitas, aqueles jargões clichês controversos! Que você com certeza têm que seguir à risca, pois onde já se viu?
É bem inconveniente você não se encaixar no padrão aceitável.
Eu não aceito é ter minha "vida" aos frangalhos novamente!
Não sei qual é o lance da "vida".  Nada se parece com nada. São sequências de tragédias previamente encenadas. E parecem que foi ontem... parece nem tão distante aquele 2011...
Porque talvez eu tenha o dom profissional de escrever cartas de amor. Cartas que só tem remetente.Eu sempre me expresso melhor por palavras ou lágrimas. Ou a soma dos dois. É um nó, dentro de mim, que ainda não aprendi a desatar. Eu nasci para amar.

Já consegui de incontáveis formas fracassar, na maioria dos âmbitos possíveis. Exceto, o fato de nunca parar de tentar acertar. Meus erros atendem por nomes próprios. E eu sempre me odiando, quase o dobro do que tô odiando você, X.
Vamos chamá-lo de X, assim preservamos sua identidade e faremos uma referência a este espaço que costuma abrigar minhas diarreias e vômitos em forma de palavras.
O problema é essa nossa quase-fixa-relação-imaginária que mantenho com você desde então. É que todos os meus casinhos deram errado, e eu torço sim para que os seus deem também. Porque eu duvido muito que o nosso não deu certo. Mas os outros sabiam que ia dar errado. E que você não teria 99% de coragem de contrariá-los.

Das vezes que me exponho ao transparente. Vou me deixar transparecer mais uma vez. É porque eu sei seus filmes preferidos. Ainda ouço aquela nossa canção. Lembro do teu cheiro, do teu abraço e de como apertava minha mão. Você ainda habita minha Oração...
Apenas numa foto, nada romântica, consegui te eternizar. Quiçá eu tenha inventado uma versão melhorada de você pra mim... 
O que se passa é que eu tenho mania de romantizar tudo. Quem sabe eu não tenha te observado por eternidades?
Era assim, pra mim, como um projeto a longo prazo, aquele plano que a gente faz pra vida
Mas eu era tão cerveja, limão e sal.
Eu já tô empurrada nessa fixação mental indefinida-errada relação que tenho com você e que agora todo mundo sabe.
E tudo que eu queria, se é que isso existe, é estar para X, assim como X está para mim. Mas como sou de humanas, a "vida" não aceita matemáticas.

Um pontinho qualquer no universo, guarda tantos universos!Se já morei só? Sim... em histórias de amor.Mas no fundo, tudo que eu queria, é alguém que entenderia o meu caos. A gente morre e renasce um pouquinho a cada dia. E perdendo um pedaço de mim a cada dia é que me reencontro no final...Reflexo d’um espelho antigo. E o fundo do poço, nem é assim tão fundo. É que eu sempre precisei morrer de amor, para continuar viva...
Minha "vida" é suscetível à desencontros... mas aquela verdinha-malandra, sempre me convence a esperar a meia noite seguinte.
Deve ser verdade aquela história que amadurecemos com os danos, não com os anos...
Talvez uma velhinha de 20 e poucos anos...

segunda-feira, 25 de maio de 2015

IX - Capítulo Nono: Do caos que habita o íntimo do ser
Moço, isso (não) é um muro das lamentações

É tanto sentimento que preciso logo sair escrevendo. Pôr pra fora o que às vezes chega a me corroer por dentro. Chego a morrer e renascer cerca de dez vezes por dia. Sinto o néctar da vida percorrer por minhas entranhas. Respiro. Suspiro. Olhos cerrados.

Aos poucos a vida vai se refazendo, como um retalho remendado em uma grande colcha, ora aconchegante, ora asfixiante. Queria sair escrevendo por aí, sobre os dessabores dessa existência, deixar por todos os lugares que não, isso tudo não é em vão! Ah, não pode ser só isso.

Depois do final, ficamos meio perdidos no recomeço. Como se somente o futuro ou resquícios do passado fossem as causas da dor. O dia vai começar de novo, com aquela brisa gélida vindo das direções do Rio Correntes. E vai anoitecer antes das seis, porque é outono, e eu gosto do outono.

Sob a viseira do capacete a vida se transcorre aos olhos. A melhor fotografia que alguém poderia enxergar. Vejo as essências das almas que passam por mim.


São histórias que se repetem, repetem e repetem mentalmente. Está ali me cutucando. Como se fossem cenas de filmes, só que com o enredo de minha vida. Vai-e-volta. Talvez eu tenha passado mais tempo sozinha com meus pensamentos, com o meu computador, mas sozinha. Sozinhas às vezes com pessoas ao redor, mas que não se tem intimidade o suficiente para poder contar do dia corrido. 

Mudei. E não só de cidade que eu vivi desde criança... Talvez as coisas tenham ficado pequenas para mim e meus sonhos. Não nos cabe mais. Fico a procurar palavras, mas nem elas são suficientes. Vai além, muito além. Além do meu ser; de todos os seres e dessa estratosfera! 

Sinto meu coração num espeto. Com isso vou praticando o desapego. Meu coração não é disso aqui. Vai além de mim, mais que à mim...


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Voltas e revoltas de um mundo não tão meu

VII - Da falta do ex melhor amigo que lhe suturava os cortes que a vida lhe proferia
XV- Da antiguidade na dor que te faz expert em coagular a feridas e fazê-las teu pranto

Os planos de um ano novo realmente ter algo de novo talvez, dessa vez, tenha funcionado.
Aos 3 do janeiro, do tão esperado 2015, entrei para os 24 anos. Aos 10 do mesmo janeiro entrei para outro estado, outra cidade, outra vida. Aos 20 de tal mês, a vida nos deu uma grata surpresa, meu irmão mais novo será papai. Assim literalmente declararão: Natália ficou definitivamente para titia.

E vou dizer bem, ao longo desse monólogo de um blog tão clichê. Ô vida.

Talvez tenham sido necessárias tantas decepções ano passado para que algo definitivamente mude neste e nos próximos anos. A vida tem sido sim muito cruel comigo. E sei que mereço essa tal crueldade. Acho, aliás, tenho grande convicção de que envelheci (psicologicamente!) uns 10 anos nos últimos 3 meses. Sinto como se de uma hora para outra todos os fios de cabelo fossem ficar brancos.

No entanto, não sou daquelas de deixar meus medos e receios tomarem conta de mim, mesmo que por vezes eles saiam das profundezas e venham me assombrar pessoalmente.

Eu sou aquela da tatuagem do sushi, que parece um caramujo ou caixa de marimbondo. Às vezes sinto que as pessoas não me levam à sério; muito menos o que eu sinto à sério. Mas quê importância eu tenho mesmo para as pessoas?

Estou com aquela vontade de me encolher uns 15 anos, deitar numa cama acolhedora e abraçar aquele ursinho felpudo até desatar o nó que se faz em minha garganta, até sentir que está tudo bem. Pena que isso não passa de devaneio de uma mente insana. Então, me ponho à escrever...

Vivo, na esperança de que minha vidinha saia do level estágio, fase gambiarra... Talvez eu já esteja em alguma mais digna e promissora. Tenho fé que sim.